
Esse triste retrato da saúde brasileira torna mais emblemática a história de Bruna Braga. Em 2005, aos 11 anos, ela notou a presença de um caroço no alto da garganta. Preocupada, sua mãe a levou a diversas clínicas e hospitais do Rio de Janeiro, até descobrir a causa. A menina possuía um linfoma não Hodgkin, mesmo tipo de câncer que atingiu a presidente Dilma Rousseff, em 2009, e o ator Reynaldo Gianecchini, no ano passado.

Para cada sessão, Bruna passava uma semana internada. E todo o seu tratamento, incluindo os remédios foram custeados pelo Sistema Único de Saúde.
“A cada bloco, Bruna utilizava uma caixa com ampolas para aumentar a imunidade, que custava em torno de R$ 2 mil. Ao todo, teríamos gasto mais de R$ 10 mil”, diz a mãe de Bruna, Vanessa Braga. Somados a outros procedimentos médicos, o SUS gastou perto de R$ 50 mil com Bruna, recursos que, com a recuperação da menina, puderam ser direcionados para outros pacientes com o mesmo problema.

Para a médica Jane Dobbin, a fé e o apoio de amigos e familiares são importantes para o sucesso do tratamento. “Esse apoio é fundamental para que o paciente possa enfrentar o tratamento agressivo com força e disposição”, completa.
Segundo a médica, as causas desse tipo de linfoma ainda são imprecisas. Os sintomas são o aumento dos gânglios, anemia, febre e emagrecimento inexplicável. “Há o risco de ficarem sequelas do tratamento quimioterápico, caso o paciente não responda às aplicações” afirma.

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